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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PESQUISAS

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Faculdade de Educação

Alexandre de Salles

Quando as Mulheres Têm Voz: um estudo sobre raça, gênero e cidadania


POLÍTICAS PÚBLICAS E GÊNERO

Ainda há muito que se preocupar com a invisibilidade das mulheres e com a ausência de políticas voltadas para superar as históricas discriminações. Segundo Programa de População das Nações Unidas (PNUD), comparando as categorias segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que é utilizado para medir o Índice de Desenvolvimento da Mulher (IDM), fundamental para a classificação dos países no cômputo do Desenvolvimento Humano com os níveis de renda dos diferentes países, fica confirmado o fato de que a eliminação da desigualdade entre os sexos não depende do fato de um país ter uma renda alta. É preciso que se firme um compromisso político, a eqüidade entre os sexos pode ser requerida independente dos níveis de renda de um país. 
Ao invés de diminuir cresce a proporção da população feminina economicamente ativa que busca seu sustento em trabalhos precários, mal remunerados e desvalorizados. Da mesma forma que os homens, há uma precarização do trabalho. Nesse processo que atinge ambos os sexos, as mulheres chegam com desvantagens, tanto no que se refere à conquista de direitos, quanto às diferenças relativas ao salário, as mulheres ganham menos que os homens na mesma função. As políticas e os programas econômicos acarretam conseqüências perversas para os homens e têm incidido de forma ainda mais penosa sobre as mulheres. Assim, por exemplo, as mulheres recebem, em média, apenas 63% do salário dos homens.
Em dez anos, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 42,0% para 47,2%. Em contrapartida, diminuiu de 11,5% para 6,4% o percentual de meninas de 10 a 15 anos que trabalhavam. No entanto, 136 mil delas ainda trabalhavam como empregadas domésticas em 2008. O percentual de mulheres jovens e de idosas que trabalham no Brasil é superior a países europeus. O percentual de mulheres com apenas um filho, cujo rendimento per capita é superior a dois salários mínimos, cresceu de 33,0% para 40,3%.
Os dados ainda apontam que 42,1% das mulheres de 20 a 24 anos apenas trabalhavam, mas não realizavam afazeres domésticos ao passo que aumentou a proporção de jovens entrando no mercado de trabalho. O percentual de mulheres de 20 a 24 anos que só trabalham aumentaram de 38,1% para 42,1%, enquanto entre os homens, o aumento foi menor (de 63,6% para 64,7%), embora estes ainda estejam mais presentes no mercado de trabalho. Este aumento contribuiu para elevar o percentual de mulheres jovens e idosas que trabalham no Brasil tornando-o superior a países europeus, o que revela um aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho. Contudo, os homens ainda ocupam com mais destaque o mercado de trabalho. 
A presença da mulher no emprego doméstico, explica, em parte, esse alto percentual. Esse tipo de ocupação (emprego doméstico) absorve 16,5% das mulheres brasileiras. No Brasil, as discriminações de gênero e raça têm atuado como eixos estruturantes dos padrões de desigualdade e exclusão social. Esta lógica se reflete no mercado de trabalho, no qual as mulheres, especialmente as mulheres negras, vivenciam as situações mais desfavoráveis.
As mulheres têm mais escolaridade, porém ganham menos em todas as posições na ocupação, no entanto, a escolaridade média das mulheres é superior a dos homens, o que, em certa medida, pode contribuir para um ingresso mais tardio no mercado de trabalho do que o dos homens. 
O Brasil registrava em 1998 uns dos maiores graus de desigualdade social no mundo. Enquanto para a grande maioria dos países a renda de um indivíduo do grupo dos 20% mais ricos é, em média, até dez vezes maiores do que de um indivíduo do grupo dos 20% mais pobres, no Brasil, essa proporção é infinitamente mais injusta. A renda média dos 20% mais ricos é 25,5 vezes maior que a renda média dos 20% mais pobres, ficando atrás de alguns poucos países. Isto indica que tais desigualdades sociais são acrescidas de fatores que interferem sobre o poder de barganha dos indivíduos e que explicam a existência de diferenciação de salários e dentre esses fatores incluem-se gênero e raça.
Em todas as posições na ocupação, o rendimento médio dos homens é maior que das mulheres. A maior diferença de rendimento médio é na posição de empregador, onde os homens auferem, em média, R$ 3.161, enquanto as mulheres apenas R$ 2.497, ou seja, R$ 664 a mais para os homens, que corresponde a dizer que as mulheres empregadoras recebem 22% a menos que os homens. A menor diferença entre os rendimentos de homens e mulheres é na posição de empregado sem carteira assinada, resultado das condições precárias dos trabalhadores empregados sem carteira.
Enquanto um em cada oito homens tem condições de chegar à posição de chefia, as mulheres têm menos oportunidades de se tornar chefes, a média entre as mulheres é de uma em cada 40. Essa é uma da série de constatações do relatório bianual do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009” que confirma que a desigualdade de gênero é um dos fatores críticos para cumprimento dos ODMs. Conforme o estudo, a desigualdade de gênero não só reduzem a capacidade das mulheres pobres utilizarem o trabalho para sair da pobreza, como também afeta os aspectos não monetários da pobreza: ausência de oportunidades, opinião e segurança. Na esteira da crise financeira mundial, o relatório indica que as desigualdades e as discriminações de gênero, raça e condição socioeconômica deixam vulneráveis as mulheres, os negros e os pobres a choques econômicos, ambientais e políticos.
A crítica das disparidades de gênero tem sido fortalecida pela interpretação de informações estatísticas que assinalam, por exemplo, para a pequena representação política das mulheres e para seus baixos salários. As mulheres na atualidade têm mais escolaridade que os homens, mesmo assim, ganham menos em todas as posições na ocupação.
A interpretação dos indicadores sociais também possibilita a compreensão da dinâmica gênero/classe/raça/etnia na análise dos diferenciais de renda entre homens e mulheres nos setores populares e nas camadas ricas da população, bem como entre mulheres brancas e mulheres negras, com efeitos às vezes mais dramáticos que os diferenciais entre homens brancos e mulheres brancas. 
Apesar dos significativos avanços legislativos a partir de 1988, de fato, no Brasil, no que diz respeito às mulheres, ainda vigoram, com muita força, padrões, valores e atitudes discriminatórias. Na esfera política, do total dos deputados federais, eleitos em 1998, apenas 7,6% era mulher, o mesmo ocorrendo no Senado Federal. Apesar das mulheres se destacarem em todas as profissões, apenas uma mulher ocupa o cargo de Ministra do Supremo Tribunal Federal e somente duas são Ministras no Superior Tribunal de Justiça, apesar da grande presença de mulheres nos cursos jurídicos e no Poder Judiciário de primeiro grau em diversos estados brasileiros. 
A última estatística divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente à eleição de 2008, mostrou que a maioria de eleitores, precisamente 51,7% do universo de mais de 130 milhões de cidadãos registrados, é formada por mulheres. De acordo com o Tribunal, existem 130.469.549 brasileiros, regularmente inscritos. Deste total, 67.483.419 são mulheres e 62.824.986 são homens. Mesmo assim, segundo informações presentes no site da Câmara Federal, o Brasil é o penúltimo colocado no ranking da América do Sul, que mede a participação feminina nas câmaras federais. Há apenas 9% de mulheres na Câmara, índice que corresponde a 45 deputadas do total de 513 cadeiras.
Esta pequena representação da mulher nos parlamentos reflete, a proporção feminina nos postos classificados como executivos ou profissionais, a participação das mulheres no conjunto da população economicamente ativa e a proporção da renda nacional que corresponde à mulher. O Brasil tem algumas das menores taxas de participação feminina na política. Elas são apenas 9% dos deputados federais e comandam somente 7,35% das 5.564 prefeituras do país. Agências da ONU preocupadas com a participação política das mulheres no Brasil lançaram em março de 2009, em conjunto com o governo brasileiro. O Programa Interagências para Promoção de Igualdade de Gênero e Racial elaborado com o objetivo de fazer relatórios anuais sobre a evolução dos direitos das mulheres no país, além de orientar o desenvolvimento de ações para inclusão nos governos federais e locais, e em organizações não governamentais. 
Para reverter este quadro se faz necessário construir políticas e compromissos que garantam a autonomia da mulher indicando qual deve ser a direção das políticas do governo. É claro que o afastamento da mulher do espaço privado e a marcha para a vida pública não é uma tarefa simples. As últimas décadas têm testemunhado um acréscimo significativo da participação das mulheres das classes populares nos movimentos sociais urbanos, mais especificamente naqueles movimentos em torno da melhoria das condições de vida dos bairros populares.

CATALOGAÇÃO NA FONTE:
Salles, Alexandre de. Quando as mulheres têm voz: um estudo sobre raça, gênero e cidadania. Rio de Janeiro, 2010. 220 f. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Educação.






A POLÍTICA NACIONAL PARA AS MULHERES

A Política Nacional para as Mulheres orienta-se pelos seguintes pontos fundamentais:

·        Igualdade e respeito à diversidade – mulheres e homens são iguais em seus direitos. A promoção da igualdade implica no respeito à diversidade cultural, étnica, racial, inserção social, situação econômica e regional, assim como os diferentes momentos da vida das mulheres;

·         Eqüidade – a todas as pessoas deve ser garantida a igualdade de oportunidades, observando-se os direitos universais e as questões específicas das mulheres;

·        Autonomia das mulheres – o poder de decisão sobre suas vidas e corpos deve ser assegurado às mulheres, assim como as condições de influenciar os acontecimentos em sua comunidade e seu país;

·        Laicidade do Estado – as políticas públicas voltadas para as mulheres devem ser formuladas e implementadas independentemente de princípios religiosos, de forma a assegurar os direitos consagrados na Constituição Federal e nos instrumentos e acordos internacionais assinados pelo Brasil;

·        Universalidades das Políticas – as políticas públicas devem garantir, em sua implementação, o acesso aos direitos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais para todas as mulheres;

·        Justiça social – a redistribuição dos recursos e riquezas produzidas pela sociedade e a busca de superação da desigualdade social, que atinge de maneira significativa às mulheres, devem ser assegurados;

·        Transparência dos atos públicos – o respeito aos princípios da administração pública, tais como legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, com transparência nos atos públicos e controle social, deve ser garantido;

·        Participação e controle social – o debate e a participação das mulheres na formulação, implementação, avaliação e controle social das políticas públicas devem ser garantidos e ratificados pelo Estado brasileiro, como medida de proteção aos direitos humanos das mulheres e meninas.


*      Fragmento extraído de: Plano Nacional de Políticas para Mulheres. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Brasília, 2005. Organização: Ângela Maria Mesquita Fontes e Lourdes Maria Antonioli Marcondes.


NOTÍCIAS

Espanha condecora Maria da Penha por luta contra violência às mulheres - 27/09/2011

Brasília, 27 set (EFE) - O embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alonso Zaldívar, condecorou nesta terça-feira com a Cruz da Ordem de Isabel a Católica a brasileira Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta contra a violência às mulheres. "Maria da Penha decidiu encarar a violência" cometida por seu ex-marido, que quis matá-la duas vezes e a deixou paraplégica, e "contribuiu" com seu sofrimento e luta para que "o caminho de todas as mulheres seja menos doloroso", declarou Alonso Zaldívar ao fazer a condecoração, concedida pelo rei Juan Carlos da Espanha. Nascida em 1945, Maria da Penha é farmacêutica e brigou durante anos na Justiça pelas agressões que sofria pelo ex-marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveiros.
O agressor foi condenado a oito anos de prisão após um processo que demorou quase dez anos, mas só ficou dois anos na prisão e atualmente está em liberdade.
Em 2006 foi sancionada no país uma dura legislação contra a violência doméstica e de gênero, que foi batizada como Lei Maria da Penha.
Alonso Zaldívar destacou que o caso da brasileira evidenciou uma situação que milhares de mulheres sofriam, e contribuiu para a conscientização de um problema que "não é exclusivo do Brasil", mas que se repete em todos os países do mundo.
Ao agradecer a condecoração, Maria da Penha avaliou as leis que penalizam a violência de gênero na Espanha, que considerou como "exemplo" para os demais países da União Européia (UE), e garantiu que essas "lutas não são contra os homens, mas contra os agressores".
A brasileira citou também os dados da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU - Mulheres), segundo os quais "uma em cada três mulheres no mundo será vítima da violência doméstica durante sua vida", e declarou que o combate às agressões domésticas deve ser considerado uma "luta global".
            Atualmente, Maria da Penha é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Violência no Ceará, seu estado natal, e é reconhecida como uma ilustre defensora dos direitos humanos.
 Acesso em: 06/10/2011.



TRÊS MULHERES GANHAM O PRÊMIO NOBEL DA PAZ 2011.

Assista a reportagem:

 
FONTE: You Tube

Saiba mais sobre esta premiação:

Nobel da Paz de 2011
Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram laureadas.
Trio lutou pela paz e pelos direitos das mulheres na Libéria e no Iêmen.
Do G1, com agências internacionais.

Três mulheres- a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman- foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
O anúncio das vencedoras foi feito nesta sexta-feira (7) em Oslo, capital da Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901.
As vencedoras vão dividir um prêmio equivalente a US$ 1,5 milhão (cerca de R$  2,7 milhões).
Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, argumentou que as laureadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz".
"A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar", disse o presidente do comitê.
"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtêm as mesmas oportunidades que os homens para influir nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", disse Jagland.

Primeira presidente mulher

           Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005.
Economista e mãe de quatro filhos,  a "Dama de Ferro" tenta a reeleição em pleito marcado para esta terça-feira (11).
"Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres", disse Jaglan, ao justificar a premiação.

 'Greve de sexo'

           Sua compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003.
Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma "greve de sexo" em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas.

Primavera Árabe

             E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
"Nas mais difíceis circunstâncias, tanto antes como depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen", segundo o comitê.

           O Nobel é escolhido por um comitê norueguês de cinco membros, apontados pelo Parlamento da Noruega.
Geralmente, a tendência é optar pela diversidade dos ganhadores. No ano passado, o ativista chinês pró-democracia Liu Xiaobo foi o ganhador.

Poucas mulheres

            Até agora, em 111 anos, apenas 12 mulheres haviam recebido o Nobel da Paz.
Em 2011, o Nobel da Paz registrou uma cifra recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.
O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro.

Desde 1901

           Estabelecido em 1901, o Prêmio Nobel tem o objetivo de reconhecer pessoas que tiveram atuações marcantes nas áreas da física, da química, da medicina, da literatura, da paz - e, desde 1968, também da economia.
O prêmio foi estabelecido pelo cientista e inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que morreu em 1895 e uma fundação para administrá-lo.
A premiação consiste de uma medalha, um diploma e um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,5 milhão.



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SE ORIENTE

ENDEREÇOS IMPORTANTES (*)

CONSELHOS DE POLÍTICAS E DE DEFESA DE DIREITOS

Conselhos de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
Esplanada dos Ministérios-Bloco T, anexo II, sala 202, 2º andar.
Brasília-DF /70064-900/ Fone (61) 3429-3918/3598/3581
Fax(61) 3226-7772/ e-mail: cddph@sedh.gov.br

Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)
 Esplanada dos Ministérios-Bloco F, ala A, 1º andar
Brasília-DF /70059-900/ Fone (61) 3433-5554/5553
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Conselho Nacional de Combate à Discriminação-CNCD
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Bloco T, 2º andar, sala 214/Brasília-DF/ 70064-900
 Fone (61) 3429-3873 - e-mail: cncd@sedh.gov.br

Conselho Nacional de Educação-CNE
Edifício Sede CNE-SGAS L/2 -Qd. 607, lote 50
Brasília-DF- 702000-670
Fone (61) 2104-6339 – site: www.mec.gov.br/cne

Conselho Nacional de Saúde-CNS
Esplanada dos Ministérios- Bloco G, Ed. Anexo, 1º andar, ala B, sala 103
Brasília-DF/ 70058-900
 Fone (61) 3315-2150 - e-mail: cns@saude.gov.br

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente-CONANDA
Esplanada dos Ministérios- Ministério da Justiça
Bloco T, anexo II, sala 421/Brasília-DF/ 70064-900
 Fone (61) 3429-3525/3927/3524 - e-mail: conanda@sedh.gov.br

Conselho Nacional dos Direitos da Mulher-CNDM
SAS, Bloco N, 1º andar- Brasília-DF/ 70070-913
Fone (61) 3223-3086/0314 - e-mail: cndm@spmulheres.gov.br

Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência_CONADE
Esplanada dos Ministérios- Bloco T, anexo II, sala 211/Brasília-DF/ 70064-900
 Fone (61) 3429-3525/3927/3524 -

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso
Esplanada dos Ministérios- Bloco T, anexo II, sala 209/Brasília-DF/ 70064-900
 Fone (61) 3429-3598/3014 - e-mail: cndi@sedh.gov.br

ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL

Agência de Notícias dos Direitos da Infância-ANDI
SDS-Ed. Boulevard Center, Bloco A, Sala 101- Brasília-DF/70391-900
 Fone (61) 2102-6508 - e-mail: andi@andi.org.br

Associação Brasileira de ONG's -ABONG
Rua General Jardim 660, 7º andar , Vila Buarque -São Paulo-SP/01223-010
Fone (11) 3237-2122 – e-mail: abong@uol.com.br

Associação Brasileira de Gays , Lésbicas e Travestis -ABGLT
Av . Mal. Floriano Peixoto 366, Conjunto 47
Curitiba-PR-/80010-130
Fone /Fax (41) 3222-3999 – e-mail: abglt@abglt.org.br

Articulação Brasileira de Lésbicas -ABL
Rua Djalma Urique, 271 , Copacabana
Rio de Janeiro-RJ/ 22071-020
Fone (21) 3813-1960

Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS -ABIA
Rua da Candelária 79- 10º andar, Centro, Rio de Janeiro-RJ- 20091-020
Fone (21) 22231040

Central de Movimentos Populares -CMP
Rua Fiação da Saúde 335, Saúde-São Paulo-SP/ 04144-020
Fone (11 ) 5583-8051

Central Única dos Trabalhadores-CUT
Rua Caetano Pinto 575-Brás -São Paulo-SP/ 03041-000
Fone (11 ) 2108-9200

Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas -COBAP
SBN- Ed. Paulo Maurício, 2º andar, sala 210-Brasília-DF/ 70040-905
Fone (61) 3326-3168/7313/7312

Confederação Geral dos Trabalhadores- CGT
Rua Thomaz Gonzaga, 50-2º andar, Liberdade-São Paulo-SP /01506-020
Fone (11 ) 3209-6577

Confederação Nacional das Associações de Moradores- CONAM
Rua Apeninos 45-Paraíso-São Paulo-SP- 01533-000
Fone (11 ) 3209-6577

CONLUTAS
Praça Pe. Manuel da Nóbrega, 36, 6º andar, Sé- São Paulo-SP/ 01015-000
Fone (11 ) 3107-7984

Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura-CONTAG
SMPW Qd. 01, Cj. 2, lote 2, Núcleo Bandeirante
Brasília-DF- 71735-102
Fone (61 ) 2102-2288

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação-CNTE
SDS-Ed. Venâncio, salas 101/104
Brasília-DF- 70393-900
Fone (61 ) 2102-2288

DIVAS- Grupo em Defesa da Diversidade Afetivo-Sexual
Fortaleza-CE/ E.Mail: grupodivas@gmail.com

Fórum Brasil do Orçamento -_FBO
SCS Qd. 08, Bl. B-50, sala 441, ed. Venâncio 2000-Brasília-DF/70333-970
Fone(61) 3212-0200 – Fax: (61) 3212-0216

Fórum das Entidades dos Trabalhadores da Área de Saúde -FENTAS
Secretaria:SRTVS Qd. 701, Bl.II, salas 602/614, Ed. Assis Chateaubriand
Brasília-DF/ 703000- 906
Fone(62) 3321-2384

Fórum Nacional de Assitência Social -FNAS
E-mail: fnas.forum@gmail.com

Fórum Nacional da Reforma Urbana-FNRU
Rua das Palmeiras 90, Botafogo- Rio de Janeiro-RJ/ 22270-070
Fone (21) 2536-7350.
E-mail: forumreformaurbana@fase.org.br/ Site: www.reformaurbana.org.br

Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente-FDCA
SAS Qd. 5, Bl. N, sala 221- Brasília-DF/ 70070-913
Fone: (61) 3322-6444
E-mail: forumdca@forumdca.org.br/ Site: www.forumdca.org.br

Fundação Cultural Palmares
SBN, Qd. 02, Bloco F, Ed. Central Brasília, 1º Subsolo
Brasília-DF/ 70040-904/ Fone: (61) 3424-0108
E-mail: palmares@palmares.org.br/ Site: www.palmares.org.br

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas- IBASE
Av. Rio Branco 124, 8º andar, Centro- Rio de Janeiro- RJ/ 20040-916
Fone; (21) 2509-0660 . / E.mail:ibase@ibase.br/ Site: www.ibase.br

Instituto de Estudos Socio-Econômicos -INESC
SCS-Ed. Venâncio, salas 101/104
Brasília-DF- 70393-900
Fone (61 ) 2102-2288

Intersindical
Rua Riachuelo 122 -Praça da Sé -São Paulo-SP
E-mail: intersindical@intersindical.org.br/ Site: www.intersindical.org.br

Liga Brasileira de Lésbicas -LBL
Rua Lindell de Moura 2776, casa 111, carvalhada-Porto Alegre -RS/91920-150
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Centro Feminista de Estudos e Assessoria-CFEMEA
SCS Qd. 02,Ed. Goiás, Bl. C, sala 602--Brasília-DF/70317-900
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Movimento Nacional dos Direitos Humanos -MNDH
SEPN 506, Bloco C, sala 34, subsolo-Brasília-DF/70740-530
Fone :(61) 3273-7320/3274-7671
E-mail: mndh@mndh.org.br/ Site: www.mndh.org.br

Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua- MNMMR
HIGS,Bl.L, Casa 42 -Brasília-DF
Fone: (61) 3226-9634
E-mail: mnmmr@mnmmr.org.br/ Site: mnmmr.org.br

Movimento dos Trabalhadres Rurais Sem Terra-MST
Al. Barão de Limeira, 1232-Campos Elíseos-São Paulo-SP/ 01202-002
Fone (11) 3361 -3866
E-mail: semterra@mst.org.br/ anca@cidadenet.org.br

SOS Corpo- Instituto Feminista para a Democracia
Rua Real da Torre 593, Madalena-Recife-PE/ 50610-000
Fone (81) 3087-2086/Fax (81) 3445-1905
E-mail: soscorpo@soscorpo.org.br/Site:www.soscorpo

(*) CFESS.Agenda 2010/Assitente Social: Fortalecer as lutas sociais para romper com a desigualdade.Produzida em dezembro de 2009 em Brasília-DF-Brasil.


 calendário de lutas femininas e marcos das conquistas sociais *
(*) CFESS.Agenda 2010/Assitente Social: Fortalecer as lutas sociais para romper com a desigualdade.Produzida em dezembro de 2009 em Brasília-DF-Brasil.

Janeiro:

04- Aprovação da Política Nacional do Idoso (Lei 8842/1994)
09-Sansão da Lei 10.639 que obriga a inclusão da história  e da cultura africana e afro-brasileira no sistema de ensino médio e fundamental ( 2003)
24-Dia da Previdência Social (Lei Eloi Chaves/1923)
24- Fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra -MST

Fevereiro:

01- Ratificação pelo Brasil da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW/ONU- 1984)
24- Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil ( 1932)

Março:

08- Dia Internacional da Mulher
21- Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

Abril:

07- Dia Mundial da Saúde
19-Dia da Luta Indígena
21- Tiradentes
21- Dia da Latinidade
25- Dia Latino-Americano da Mulher Negra
27- Dia Nacional da Empregada Doméstica
28- Dia Internacional da Educação
30- Início do movimento Mães da Praça de Maio, na Argentina (1977)

Maio:

01- Dia do Trabalho/Trabalhador
07- Dia Mundial das Crianças Afetadas e Infectadas pelo HIV/Aids
13- Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo
17- Dia Internacional contra a Homofobia, Lesbofobia e Transofobia
18- Dia Nacional de Luta Antimanicomial
18- Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil
28- Dia Mundial de Saúde da Mulher (proclamado no Encontro Internacional de Saúde da Mulher, em 1987, na Costa Rica)
28- Dia do Combate à Mortalidade Materna
28-Dia do Educador
30- Dia de Luta pela Maior Participação Política das Trabalhadoras Rurais

Junho:

05- Dia Mundial do Meio Ambiente
07-Dia da Liberdade de Imprensa@cfemea.org.br10-Dia da Raça
12- Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
15- Dia Mundial Contra a Violêcia em relação à Pessoa Idosa
17-Fim das Leis de Apartheid na África do Sul ( 1991)
21- Dia Internacional da Educação Não-Sexista
26- Dia Interncional de Luta contra as Drogas
28- Dia Internacional do Orgulho Gay e Lésbico

Julho:

11- Dia Mundial da população
13- publicado o estatuto da Criança e do Adolescente (1990)
14- Dia Mundial da Liberdade-São22- Dia do Trabalho Doméstico
25- Dia da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha
25- Dia do (a) Trabalhador|(a) Rural

Agosto:

05- Dia Internacional pela Igualdade da Mulher
07- Sanção da lei nº 11340/2006 que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher ( Lei Maria da Penha)
09- Dia Internacional dos Povos Indígenas
12- Dia de Luta contra a Violência no Campo ( Marcha das Margaridas). Assassinato da trabalhadora rural Margarida Alves, presidente do Sindicato Rural de Algoa Grande, Paraiba (1983).
29- Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Setembro:

21- Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência
23- Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças
27-Dia Nacional do idoso
28-Dia Latino-americano de Luta pela Descriminilização do Aborto

Outubro:

01- Aprovação do Estatuto do idoso (Lei 10741/2003)
01- Dia Internacional por uma Terceira Idade Digna
05- Tromulgação da Constituição federal do Brasil (1988)
05-Dia dos Direitos das meninas e Meninos
10- DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER
11- Dia Internacional da Mulher Indígena
12- Dia Nacional de Lutas por Creches
12- Dia das Crianças
15-Dia do professor
15-Dia Mundial da Mulher Rural
17-Dia Internacional de Luta contra a Pobreza
18-Dia Nacional Contra a baixaria na TV

Novembro:

 20- Dia Nacional da Consciência Negra
25- DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
25- Início da campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres no Brasil *
25-Adoção da Convenção sobre os Direitos das Crianças (1989)
27- Ratificação pelo Brasil da Convenção de Belém do Pará (1995)
30-Dia Mundial de Luta contra a Pena de Morte

Dezembro:

01- Dia Mundial da Luta contra a Aids
03- Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
10- Dia Internacional dos Direitos Humanos
10-Encerramento da Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher no Brasil.
18-Adoção da CEDAW-Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher (ONU,1979).


* CAMPANHA 16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES:
“A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheresfoi criada em 1991, por feministas e movimentos de mulheres ligados ao Centro para Liderança Global das Mulheres (Center for Womens´s Global Leadership) e ocorre atualmente em 159 países. Internacionalmente, a Campanha tem início no dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, e vai até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Já a Campanha brasileira tem início no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.

Outras datas importantes neste período e que integram a campanha são o dia 1º de dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids e o dia 06 de dezembro - Dia do massacre de Mulheres de Montreal, data que incentivou a criação da Campanha Mundial do Laço Branco no Brasil e Dia Nacional de Luta dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.



Formas de violência contra as mulheres

Física– Qualquer agressão que se dê sobre o corpo da mulher. Exemplo: empurrões, beliscões, queimaduras, mordidas, chutes, socos ou, ainda, uso de armas brancas como facas, estiletes, móveis e armas de fogo.

Sexual – Qualquer ato onde a vítima é obrigada, por meio de força, coerção ou ameaça, a praticar atos sexuais degradantes ou que não deseja. Ao contrário do que se pensa, este tipo de ato violento também pode ser cometido pelo próprio marido ou companheiro da vítima.

Psicológica e moral– Este tipo de violência se dá no abalo da auto-estima da mulher, por meio de palavras ofensivas, desqualificação, difamação, proibições de estudar, trabalhar, se expressar, manter uma vida social ativa com familiares e amigas (os) etc. Por não resultar em vestígios físicos ou materiais é de difícil detecção, mas também se constitui em violência que pode ser denunciada e julgada.

Patrimonial – Qualquer ato que tem por objetivo dificultar o acesso da vítima à autonomia feminina, utilizando como meio a retenção, perda, dano ou destruição de bem e valores da mulher vitimizada.

Institucional– Qualquer ato constrangedor, fala inapropriada ou omissão de atendimento realizado por agentes de órgãos públicos prestadores de serviços que deveriam proteger as vítimas dos outros tipos de violência e reparar as conseqüências por eles causadas.