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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

NOTÍCIAS

Espanha condecora Maria da Penha por luta contra violência às mulheres - 27/09/2011

Brasília, 27 set (EFE) - O embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alonso Zaldívar, condecorou nesta terça-feira com a Cruz da Ordem de Isabel a Católica a brasileira Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta contra a violência às mulheres. "Maria da Penha decidiu encarar a violência" cometida por seu ex-marido, que quis matá-la duas vezes e a deixou paraplégica, e "contribuiu" com seu sofrimento e luta para que "o caminho de todas as mulheres seja menos doloroso", declarou Alonso Zaldívar ao fazer a condecoração, concedida pelo rei Juan Carlos da Espanha. Nascida em 1945, Maria da Penha é farmacêutica e brigou durante anos na Justiça pelas agressões que sofria pelo ex-marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveiros.
O agressor foi condenado a oito anos de prisão após um processo que demorou quase dez anos, mas só ficou dois anos na prisão e atualmente está em liberdade.
Em 2006 foi sancionada no país uma dura legislação contra a violência doméstica e de gênero, que foi batizada como Lei Maria da Penha.
Alonso Zaldívar destacou que o caso da brasileira evidenciou uma situação que milhares de mulheres sofriam, e contribuiu para a conscientização de um problema que "não é exclusivo do Brasil", mas que se repete em todos os países do mundo.
Ao agradecer a condecoração, Maria da Penha avaliou as leis que penalizam a violência de gênero na Espanha, que considerou como "exemplo" para os demais países da União Européia (UE), e garantiu que essas "lutas não são contra os homens, mas contra os agressores".
A brasileira citou também os dados da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU - Mulheres), segundo os quais "uma em cada três mulheres no mundo será vítima da violência doméstica durante sua vida", e declarou que o combate às agressões domésticas deve ser considerado uma "luta global".
            Atualmente, Maria da Penha é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Violência no Ceará, seu estado natal, e é reconhecida como uma ilustre defensora dos direitos humanos.
 Acesso em: 06/10/2011.



TRÊS MULHERES GANHAM O PRÊMIO NOBEL DA PAZ 2011.

Assista a reportagem:

 
FONTE: You Tube

Saiba mais sobre esta premiação:

Nobel da Paz de 2011
Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram laureadas.
Trio lutou pela paz e pelos direitos das mulheres na Libéria e no Iêmen.
Do G1, com agências internacionais.

Três mulheres- a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman- foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
O anúncio das vencedoras foi feito nesta sexta-feira (7) em Oslo, capital da Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901.
As vencedoras vão dividir um prêmio equivalente a US$ 1,5 milhão (cerca de R$  2,7 milhões).
Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, argumentou que as laureadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz".
"A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar", disse o presidente do comitê.
"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtêm as mesmas oportunidades que os homens para influir nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", disse Jagland.

Primeira presidente mulher

           Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005.
Economista e mãe de quatro filhos,  a "Dama de Ferro" tenta a reeleição em pleito marcado para esta terça-feira (11).
"Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres", disse Jaglan, ao justificar a premiação.

 'Greve de sexo'

           Sua compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003.
Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma "greve de sexo" em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas.

Primavera Árabe

             E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
"Nas mais difíceis circunstâncias, tanto antes como depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen", segundo o comitê.

           O Nobel é escolhido por um comitê norueguês de cinco membros, apontados pelo Parlamento da Noruega.
Geralmente, a tendência é optar pela diversidade dos ganhadores. No ano passado, o ativista chinês pró-democracia Liu Xiaobo foi o ganhador.

Poucas mulheres

            Até agora, em 111 anos, apenas 12 mulheres haviam recebido o Nobel da Paz.
Em 2011, o Nobel da Paz registrou uma cifra recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.
O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro.

Desde 1901

           Estabelecido em 1901, o Prêmio Nobel tem o objetivo de reconhecer pessoas que tiveram atuações marcantes nas áreas da física, da química, da medicina, da literatura, da paz - e, desde 1968, também da economia.
O prêmio foi estabelecido pelo cientista e inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que morreu em 1895 e uma fundação para administrá-lo.
A premiação consiste de uma medalha, um diploma e um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,5 milhão.



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